A sinalização horizontal, (faixas pintadas sobre as ruas e avenidas das cidades) merece uma atenção especial por parte de todos os condutores que em nossas ruas trafegam, em especial com condição de pista molhada.
É possível observar em todas (ou quase todas) as ruas e estradas, as demarcações às margens da pista sua linha central segmentada ou continua, dupla ou simples, bem como em alguns locais específicos sinalização de direção, pistas para retorno, parada obrigatória, limite de velocidade, entre tantos outros sinais demarcados horizontalmente em nossas vias, em alguns casos ocupando grande parte da pista e com faixas espessas.
É possível observar em todas (ou quase todas) as ruas e estradas, as demarcações às margens da pista sua linha central segmentada ou continua, dupla ou simples, bem como em alguns locais específicos sinalização de direção, pistas para retorno, parada obrigatória, limite de velocidade, entre tantos outros sinais demarcados horizontalmente em nossas vias, em alguns casos ocupando grande parte da pista e com faixas espessas.
O material utilizado nestas faixas em geral oferece um baixo coeficiente de atrito em relação ao pavimento, seja ele asfalto ou concreto como ocorre em muitas de nossas rodovias e avenidas, esta situação se agrava em grandes proporções com o piso molhado, onde esta sinalização torna-se muito escorregadia.
Não obstante esta sinalização em muitos pontos deixa a desejar em refletividade, especialmente à noite, quando mais precisamos de sua eficiência, isto desconsiderando os locais onde não está conservada adequadamente e ou sequer existe.
Não raros são os casos de colisões por frenagens sobre este tipo de sinalização, especialmente sob chuva, mesmo com o devido cuidado
Imaginemos agora os efeitos desta sinalização para as motos, a área de contato do pneu de uma moto, raramente é superior a espessura de uma faixa de sinalização, ou seja se o motociclista por algum motivo for obrigado a fazer uma curva por exemplo, sobre a sinalização já estará correndo um risco de queda, consideremos ainda uma frenagem, onde a área de contato do pneu estará completamente sobre a área sinalizada.
Com chuva, pista molhada, naturalmente escorregadia, soma-se os vários materiais que ficam depositados no piso, como areia, óleo, os próprios fragmentos do asfalto, a borracha dos pneus dentre outros, sobre a sinalização a qual naturalmente já é escorregadia, teremos nestas condições verdadeiras armadilhas em nossas ruas e estradas.
Existe no Brasil o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito Volume IV (Sinalização Horizontal) do CONTRAN sob a Resolução 236 de Maio de 2007.
Este Manual concedeu prazo até 30 de junho de 2008 para adequação às novas especificações.
Este documento de abordagem técnica, objetiva regulamentar a sinalização horizontal no País referente aos aspectos técnicos e mecânicos, como cores e largura de faixas de sinalização, no entanto é possível observar no item 4.6 (Materiais) que não há menção referente ao coeficiente de atrito dos materiais a serem empregados porém a titulo de sugestão alguns materiais são mencionados.
A baixo na integra o referido item obtido diretamente no manual do CONTRAN.
“4.6 Materiais"
Diversos materiais podem ser empregados na execução da sinalização horizontal.
A escolha do material mais apropriado para cada situação deve considerar os seguintes fatores: natureza do projeto (provisório ou permanente), volume e classificação do tráfego (VDM), qualidade e vida útil do pavimento, freqüência de manutenção, dentre outros.
Na sinalização horizontal podem ser utilizadas tintas, massas plásticas de dois componentes, massas termoplásticas, plásticos aplicáveis a frio, películas pré-fabricadas, dentre outros.
Para proporcionar melhor visibilidade noturna a sinalização horizontal deve ser sempre retrorrefletiva.”
Um destes materiais, o “plástico aplicável a frio”, mencionado é o ideal para a sinalização horizontal, devido as suas propriedades antiderrapantes e durabilidade, porém não é regulamentado o uso deste material é apenas sugerido.
Segue a descrição deste material conforme a empresa que o aplica no Brasil.“
O plástico a frio é uma “tinta líquida” com uma formulação especial isenta de solventes, constituída por resina reativa pura de metilmetacrilato associada a pigmentos, aditivos e cargas apropriadas, por vezes, com microesferas de vidro.
No ato da aplicação é adicionado e homogeneizado o endurecedor, que dá início à reação química.”
Na Europa este material é de uso obrigatório conforme a norma EN 1423:1997, ratificada pelo CEN (Comitê Europeu de Normatização) a qual especifica conforme descrição a baixo.
“Materiais para marcação rodoviária – Materiais de projeção – Microesferas de
vidro, agregados antiderrapantes e mistura destes dois componentes”
Este material é o “plástico aplicável a frio”, o qual já foi testado em cidades de alguns estados no Brasil, mas não sob a ótica de promover a segurança no transito proporcionando um maior coeficiente de atrito e sim sua viabilidade econômica, tendo em vista sua maior durabilidade.
Não encontrei qualquer menção no sentido de regulamentação do material a ser empregado na sinalização horizontal, quanto à antiderrapagem para o Brasil, a única regulamentação encontrada referente aos materiais foi a mencionada o item 4.6 do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
Por enquanto teremos de permanecer tomando cuidado com a sinalização, procurando não fazer manobras e não usar os freios sobre a mesma, especialmente com piso molhado, evitando desta forma possíveis acidentes.
Texto: Por: Alexsander Ramos de Souza
Não obstante esta sinalização em muitos pontos deixa a desejar em refletividade, especialmente à noite, quando mais precisamos de sua eficiência, isto desconsiderando os locais onde não está conservada adequadamente e ou sequer existe.
Não raros são os casos de colisões por frenagens sobre este tipo de sinalização, especialmente sob chuva, mesmo com o devido cuidado
Imaginemos agora os efeitos desta sinalização para as motos, a área de contato do pneu de uma moto, raramente é superior a espessura de uma faixa de sinalização, ou seja se o motociclista por algum motivo for obrigado a fazer uma curva por exemplo, sobre a sinalização já estará correndo um risco de queda, consideremos ainda uma frenagem, onde a área de contato do pneu estará completamente sobre a área sinalizada.
Com chuva, pista molhada, naturalmente escorregadia, soma-se os vários materiais que ficam depositados no piso, como areia, óleo, os próprios fragmentos do asfalto, a borracha dos pneus dentre outros, sobre a sinalização a qual naturalmente já é escorregadia, teremos nestas condições verdadeiras armadilhas em nossas ruas e estradas.
Existe no Brasil o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito Volume IV (Sinalização Horizontal) do CONTRAN sob a Resolução 236 de Maio de 2007.
Este Manual concedeu prazo até 30 de junho de 2008 para adequação às novas especificações.
Este documento de abordagem técnica, objetiva regulamentar a sinalização horizontal no País referente aos aspectos técnicos e mecânicos, como cores e largura de faixas de sinalização, no entanto é possível observar no item 4.6 (Materiais) que não há menção referente ao coeficiente de atrito dos materiais a serem empregados porém a titulo de sugestão alguns materiais são mencionados.
A baixo na integra o referido item obtido diretamente no manual do CONTRAN.
“4.6 Materiais"
Diversos materiais podem ser empregados na execução da sinalização horizontal.
A escolha do material mais apropriado para cada situação deve considerar os seguintes fatores: natureza do projeto (provisório ou permanente), volume e classificação do tráfego (VDM), qualidade e vida útil do pavimento, freqüência de manutenção, dentre outros.
Na sinalização horizontal podem ser utilizadas tintas, massas plásticas de dois componentes, massas termoplásticas, plásticos aplicáveis a frio, películas pré-fabricadas, dentre outros.
Para proporcionar melhor visibilidade noturna a sinalização horizontal deve ser sempre retrorrefletiva.”
Um destes materiais, o “plástico aplicável a frio”, mencionado é o ideal para a sinalização horizontal, devido as suas propriedades antiderrapantes e durabilidade, porém não é regulamentado o uso deste material é apenas sugerido.
Segue a descrição deste material conforme a empresa que o aplica no Brasil.“
O plástico a frio é uma “tinta líquida” com uma formulação especial isenta de solventes, constituída por resina reativa pura de metilmetacrilato associada a pigmentos, aditivos e cargas apropriadas, por vezes, com microesferas de vidro.
No ato da aplicação é adicionado e homogeneizado o endurecedor, que dá início à reação química.”
Na Europa este material é de uso obrigatório conforme a norma EN 1423:1997, ratificada pelo CEN (Comitê Europeu de Normatização) a qual especifica conforme descrição a baixo.
“Materiais para marcação rodoviária – Materiais de projeção – Microesferas de
vidro, agregados antiderrapantes e mistura destes dois componentes”
Este material é o “plástico aplicável a frio”, o qual já foi testado em cidades de alguns estados no Brasil, mas não sob a ótica de promover a segurança no transito proporcionando um maior coeficiente de atrito e sim sua viabilidade econômica, tendo em vista sua maior durabilidade.
Não encontrei qualquer menção no sentido de regulamentação do material a ser empregado na sinalização horizontal, quanto à antiderrapagem para o Brasil, a única regulamentação encontrada referente aos materiais foi a mencionada o item 4.6 do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
Por enquanto teremos de permanecer tomando cuidado com a sinalização, procurando não fazer manobras e não usar os freios sobre a mesma, especialmente com piso molhado, evitando desta forma possíveis acidentes.
Texto: Por: Alexsander Ramos de Souza
Fonte: www.rotaway.com.br
Gostei do seu Artigo, Sou Engenheiro Civil de Maceió-AL e estou procurando mais informações sobre as "Esferas de Vidro". Ótimo o seu texto, deveria de servir como base para o CONTRAN, devido você ser o usuário do asfalto!
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