segunda-feira, 13 de junho de 2011

SEGURANÇA NA PILOTAGEM DE SUA MOTO


Em 2008, segundo a ABRACICLO, 1.879.695 motocicletas foram emplacadas no Brasil. Com isso, o número da frota em duas rodas chegou a cerca de 54 milhões no país. Apesar de ser uma saída para o trânsito carregado das metrópoles e apresentar uma economia no custo do transporte em relação ao ônibus na ordem de 50%, de acordo com a Associação Nacional de Transportes Públicos, em São Paulo, o aumento também trouxe também impactos negativos, como a maior incidência de acidentes e vítimas envolvendo motos.

De acordo com o CESVI, a moto é atualmente o veículo que mais produz vítimas. Para se ter uma idéia clara do que isso significa, uma pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre custos de acidentes revelou que 71% dos acidentes com motos envolvem feridos que necessitam de cuidados hospitalares; no caso de outros automóveis, esta proporção cai para 7%.

Os locais onde mais acontecem estes acidentes são os cruzamentos, com 54,3% das ocorrências. Os choques com automóveis leves são os mais comuns: 60% dos casos. E as maiores causas alegadas pelos motoristas entrevistados:

36,6% – motorista não percebeu a moto;
13,0% – falha de decisão do motociclista, antes do acidente (como não diminuir ao se aproximar de um cruzamento);
11,9% - motociclista não percebeu o outro veículo;
9,9% - falha de decisão do motorista.

Os equipamentos de segurança representam grandes aliados a quem trafega sobre duas rodas. Uma análise conduzida pela “MAIDS – In-depth investigations of accidents involving powered two wheellers”, em cinco países da Europa (França, Alemanha, Holanda, Espanha e Itália) chegou aos seguintes números:

Efetividade do capacete na proteção da cabeça do motociclista

(usado por 90% dos investigados, sendo que quase 68% usavam o fechado)
35,5% – preveniu lesão;
33,2% – reduziu a lesão possível de ocorrer;
16,5% – área não atingida.

Efetividade da vestimenta na proteção do dorso do motociclista

45,4% – reduziu a lesão possível de ocorrer;
19,2% - preveniu lesão;
14,7% - área não atingida.

Alguns cuidados básicos listados pela CET - Companhia de Engenharia de Tráfego podem diminuir os ricos sobre duas rodas:
Atenção à via e suas condições, principalmente àquilo que pode desequilibrar o motociclista, como pista molhada, faixas escorregadias, etc., reduzindo a velocidade e adotando maior cuidado nesses casos.

A importância de se frear adequadamente, tendo cuidado para não bloquear as rodas.Os fabricantes recomendam utilizar simultaneamente o freio dianteiro e o traseiro, lembrando que é o dianteiro que proporciona maior eficiência na frenagem.

Ser visto é fundamental para o motociclista; por isso, circular sempre com o farol aceso, vestimentas e capacetes de fácil visualização. Coletes e acessórios refletivos também são muito importantes.
Evitar a circulação entre filas de veículos.

Cuidado com a proteção individual, que, em um acidente, dependerá em grande medida do uso de vestimentas, luvas, calçados e capacetes adequados – estes últimos fixados adequadamente e, de preferência, do tipo fechado e com viseira. Lembrando que os fabricantes dos capacetes, certificados pelo INMETRO, indicam também um prazo de troca recomendável quando o uso é contínuo e o capacete não sofreu impacto - geralmente a cada três anos.
Orientar caronas sem experiência sobre como colocar o capacete adequadamente, posicionar-se no banco e apoiar os pés sobre os pedais, além de como se comportar durante o trajeto, segurando pela cintura e acompanhando as inclinações do motociclista.

Em relação à motocicleta, cuidado extra com os pneus, verificando sempre a banda de rodagem e a pressão adequada, a manutenção de todo o sistema de freios e de iluminação e sinalização; ou seja, farol, lanternas, luzes das setas e de freio.

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